História da Arte Potiguar: Literatura Romântica

Por Profa. Ruth Steff Correia e

Prof. Dr. Lenin Campos Soares

O Romantismo brasileiro foi um movimento de extrema importância para a construção do sentimento da de identidade nacional em meio a um território recém independente. No século XIX tornar se necessário inventar o Brasil, uma nova nação estava surgindo, um novo pais, e o movimento romântico era perfeito para realizar tal tarefa, pois ele tinha como uma de suas principais características o nacionalismo, construído a partir da elevação do passado, da História, como também do elogio ao território e a natureza.

Para o Rio Grande do Norte, este período é marcado por grandes transformações materiais. Em 1890, Natal, por exemplo, possuía apenas 13.725 habitantes, enquanto Recife abrigava 111.556 almas. Não havia ainda luz, água encanada, calçamento ou esgoto na cidade. A cidade era pequena, porém a vida cultural era agitada com serenatas, em que moradores se reunião em rodas de violões pelas ruas da cidade, e tertúlias, em que famílias realizavam sarais e apresentações artísticas em suas casas. Apesar de pequena, Natal nunca esteve indiferente as ideias que circulavam no mundo. Os filhos de sua elite, saíam para estudar em Recife, Rio de Janeiro e Lisboa, e retornavam. Voltavam trazendo o discurso de progresso republicano, que tinha como alicerce filosófico o Positivismo, e como manifestação artística o Romantismo.

O marco do Romantismo no Brasil está caracterizado na obra de Domingos José Gonçalves de Magalhães em Suspiros Poéticos e Saudades, assim como também é conhecido obras literárias de José de Alencar, Alvares de Azevedo, Gonçalves Dias e Castro Alves. Em terra potiguar, diz Maiara da Silva, um verdadeiro surto intelectual acontece. Temos os irmãos Auta de Souza e Henrique Castriciano, Segundo Wanderley, Lourival Açucena e Ferreira Itajubá. É importante notar que a literatura potiguar, até 1930, está focada na poesia, no máximo a produção de prosa poética ou crônicas, romances só se popularizam no século XX. Tal escolha talvez tenha a ver com o ambiente intelectual potiguar que via na poesia uma forma maior de literatura, fazendo com que todos se voltassem para esta produção.

Auta de Souza

Auta de Souza

Auta de Souza

Auta de Souza nasceu em Macaíba, em 13 de setembro de 1876, criada pelos seus avós após a morte de seus pais e afrodescendente, era a única filha de cinco irmãos e um deles Henrique Castriciano também literário romântico. Sua vida refletia muito o cenário em vivia em Macaíba, que tornara se um centro comercial e político do Rio Grande do Norte. Ela estudou no Colégio São Vicente de Paula em Estância, Pernambuco, onde aprendeu inglês e francês. Para saber mais da vida dela, veja aqui.

Auta de Souza é uma poetisa com característica da segunda fase romântica e em seus versos expressa seus sentimentos com base em sua vivencia e as dificuldades após suas complicações de saúde, após contrair a tuberculose e aos 24 anos faleceu.

 

FIO PARTIDO

Fugir à mágoa terrena,

E ao sonho, que faz sofrer,

Deixar o mundo sem pena

Será morrer?

Fugir neste anseio infindo,

À treva do anoitecer,

Buscar a aurora sorrindo

Será morrer?

E ao grito que a dor arranca,

E o coração faz tremer,

Voar uma pomba branca,

Será morrer?

 

II

 

 Lá vai a pomba voando,

Livre, através dos espaços...

Sacode as asas cantando: "Quebrei meus laços!"

Aqui na amplidão liberta,

Quem pode deter-me os passos?

Deixei a prisão deserta,

Quebrei meus laços!

Jesus, este voo infindo,

Há de amparar-me nos braços,

Enquanto eu direi sorrindo:

Quebrei meus laços!

 

Janeiro, 1901

                  


Henrique Castriciano

Henrique Castriciano

Henrique Castriciano

Henrique Castriciano de Souza nasceu em Macaíba, em 1874, e morreu em 1947. Negro, era filho de Eloi Castriciano de Souza, político e comerciante, e Henriqueta Leopoldina Rodrigues. Aos cinco anos, um surto de tuberculoso matou seus pais, deixando os cinco irmãos órfãos, eles foram então para o Recife viver com a avó materna, Dindinha. Acometido também pela “doença do século”, ele foi enviado ainda criança para a Suíça para respirar melhores ares e somente aos 16 anos, já escrevendo poesias, retornou a Macaíba. Em 1893, no entanto, viaja para Angicos e, no ano seguinte, para Martins, para continuar seu tratamento contra a tuberculose.

Em 1892, aos 18 anos, publicou seu primeiro livro de versos, Iriações; o segundo, Ruínas, foi publicado em 1899, no mesmo ano que publicou Mãe, com prefácio de Olavo Bilac. Em suas poesias apresentava tristeza e melancolia, característico em suas obras o romantismo e simbolismo, colocava em seus versos os sentimentos de sua trajetória das complicações que tivera da “ Dama Branca ”, a tuberculose.. Além da poesia, dedicou sua vida na política, escritor de peças teatrais e na área da educação, fundando a Liga de Ensino sociedade da Escola Domestica de Natal e iniciando o primeiro grupo de escoteiros da cidade.

Sua bibliografia inclui os livros de poesia, Iriações (1892); Ruínas (1899); Mãe (1899); Vibrações (1903) e Redenções de Satã (1931); as peças de teatro O Enjeitado (1900) e A Promessa (1907); e os romances Os Mortos (1920) e O Tísico (1931).

FEBRE

Por toda a parte rosas brancas vejo

Rosas na fímbria loira dos Altares,
Coroadas de amor e de desejo

Rosas no céu e rosas nos pomares.
Uma roseira o mês de Maio.

Aos pares Surgem, da brisa ao tremulante arpejo,
Estrelas que recordam, sobre os mares,

Rosas envoltas num cerúleo beijo.
E quando Rosa, em cujo nome chora,

Esta febre cruel que me devora,
De si me fala, em gargalhadas francas,

Muda-se em rosa a flor de meus martírios,
O som de sua voz, a luz dos círios...

O próprio Azul desfaz-se em rosas brancas.

Segundo Wanderley 

Manuel Segundo Wanderley nasceu em 1860 e faleceu em 1909. Nascido em Natal, filho de Luiz Lins Wanderley e Francisca Carolina Lins Wanderley, aprendeu suas primeiras letras em Assu, fez seus estudos em Recife e Salvador, se formando pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1886. Neste mesmo ano, com 26 anos, casou-se com Raimunda Amália da Motta Bittencourt. Atuou como professor de filosofia, francês, química, física e história natural no colégio Ateneu Norte-Riograndense, médico e Diretor do Hospital de Caridade, além de poeta e dramaturgo. Em 1891 fundou o quinzenário “O Artista”, junto com o tio Augusto Wanderley, além de escrever para os jornais da cidade como colunista. Suas crônicas são ditas como aguerridas, hoje seriam chamadas de militantes, especialmente em defesa da Igreja Católica.

Anuncio  dos livros de Segundo Wanderley no Jornal do Ceará (1905)

Anuncio dos livros de Segundo Wanderley no Jornal do Ceará (1905)

É considerado como um dos maiores poetas do Rio Grande do Norte, suas obras caracterizadas por influencias do romantismo, em especial ao condoreirismo, inspirado por Castro Alves, poeta que ele conheceu enquanto estudava na Bahia. Um estudo de Gotardo Neto que analisa a relação entre Segundo Wanderley e Castro Alves, diz que "no gênero patriótico, as duas individualidades se completam admiravelmente". Um elemento importante que tem sido levantado sobre a poesia de Wanderley é seu caráter antirracista e abolicionista, sua poesia é um manifesto político e uma crítica social. “Ele foi o único poeta norte-riograndense a ter participação ativa no movimento abolicionista”. Cascudo, em uma crítica escrita em 1955, chama sua consciência social de demodée.

Ele publicou quatro livros de poesia: Estrelas Cadentes (1883); Miragens e prismas (1887); Recoltas Poéticas (1896); Gôndolas (1903); e sete peças de teatro: Amor e Ciúme (1901); A Providência (1904); Brasileiros e Portugueses (1905). Ele também escreveu as comédias A Pulga (1900); Noiva em Leilão (1902) ;As Três Datas (1906); o musical Natal em Camisa (1907), com música de José Barrajo, e Entre o Céu e a Terra (1903), baseado na vida de Augusto Severo. Seu livro Poesias Completas teve duas edições póstumas, em 1910 e 1928, e deixou inéditos os dramas: Alberto ou A Glória do Artista, A Louca da Montanha, Os Anjos do Claustro, A Rainha do Bosque e Dramas da Seca.

 Implacável


Resvala o raio rútilo rasgando,

Da imensidade a tela vaporosa;

Treme a terra terrível, tenebrosa,

Ao rugir dos trovões, de quando em quando.

Volve a vaga valente vomitando,

Alvos cachões de espuma procelosa;

 Do firmamento a face fosforosa,

Vai de chamas as nuvens inundando.

Nos sombrios sertões silva a serpente,

Aos furores fugindo das fagulhas

Cede o cedro aos caprichos da corrente.

Só tu resistes da paixão dos mares,

Desprezando, do trono em que te orgulhas,

Promessas, penas, prantos e pesares.


Lourival Açucena 

Lourival Açucena

Lourival Açucena

Joaquim Eduvirges de Mello Açucena, conhecido como Lourival Açucena, foi o primeiro poeta do Rio Grande do Norte, suas poesias estão ligadas ao Romantismo e Arcadismo. Nascido em 1827, em Natal, teve uma vida recheada de aventuras. Estudou no Ateneu Norteriograndense e somente se destacou nas aulas de música, mas herdara de sua mãe o gosto pela leitura dos clássicos. Conta-se que participava ativamente dos serões boêmios na capital que começou a frequentar acompanhado do pai, e foi onde aprendeu com ele a tocar o violão. Em 1839, quando o goiano Dom Manoel de Assis Mascarenhas foi nomeado presidente de província, ele e seu pai foram convidados para o jantar que receberia o novo governante. Ele foi então convidado a cantar para o presidente, e quebrou o protocolo, ele, no lugar de cantar uma canção francesa, como seria de praxe, cantou um lundu africano. Todos ficaram chocados, menos o presidente que gostou bastante. Como cantor atuava em serestas para os amantes, cantava modinhas e lundus, mas também cantava em festas religiosas, especialmente na Igreja de São Miguel, em Extremoz, onde cantava no coro durante a missa, e em 1848 foi convidado para cantar como solista na Igreja do Corpo Santo, cantando “As lamentações de Jeremias”. Lourival Açucena chegou também a pleitear uma carreira política, porém o decoro no cargo na Assembleia provincial exigia que o ele não cantasse mais, nem nas ruas ao som do violão, nem no coro da igreja. Lourival escolheu então a música.

Tornou-se então funcionário público, trabalhando nos correios, chegando a se tornar oficial-maior, conta Cascudo, no entanto, que esta sua última promoção aconteceu por causa de seu talento como cantor.

“Nesse tempo as festas na igreja de São Miguel, em Extremoz, que então estava em construção, eram muito populares e Joaquim Açucena arranjou um jeito de fugir do trabalho para cantar nas missas. Ocorre que naquele ano o baiano João José de Oliveira Junqueira, então recém-empossado Presidente da Província do Rio Grande do Norte, assistiu a festa religiosa em Extremoz, onde o bardo Açucena tocou e cantou. A autoridade gostou do que ouviu e perguntou quem era o ilustre trovador. Ao responder o questionamento de Oliveira Junqueira, um dos acompanhantes aproveitou e contou a história da tal fugida de Lourival Açucena da sua repartição. Este foi então chamado diante do Presidente e se apresentou bastante trêmulo, certamente imaginando algum tipo de castigo. Mas para sua surpresa e do bajulador safado e extremamente invejoso que o denunciou, o Presidente Oliveira Junqueira pediu ao cantador para tocar alguns lunduns, modinhas, xácaras e realizar alguns solos de violão. A autoridade ouviu tudo extasiado e ao final declarou “Gostei muito! Você é um artista Seu Açucena. Está nomeado Oficial Maior da Tesouraria” (MEDEIROS, 2017).

Porém isso, provavelmente, criou-lhe muitos inimigos. Uma prova disso foi a acusação de desfalque recebida em 1888. Em 21 de janeiro, a Gazeta de Natal noticiou que o presidente da província, João Capistrano Bandeira de Melo e Filho, do Partido Conservador, abriu um inquérito para apurar os desvios de recursos em Macau, que estava sob responsabilidade direta de Açucena. O jornal afirma que o presidente era extremamente rígido com o cantor, porém muito brando com outros casos semelhantes que ocorreram em sua administração. Ele foi condenado, e ficou preso por dois meses no Forte dos Reis Magos. Porém, conta-se que a estadia dele foi tranquila, em que tinha liberdade para caminhar pela fortaleza, e sua música passara a ser a distração dos soldados aquartelados. Rostand Medeiros diz que “a farra foi tanta e tão boa que Lourival Açucena passou mais alguns dias na fortaleza por vontade própria”.

Também trabalhou como ator, e sua atuação, em 1853, como o capitão Lourival, da peça O Desertor Francês, de Louis Sébastien Mercier, deu-lhe o apelido que substitui-lhe completamente o nome de batismo). Como poeta, teve seus versos publicados em jornais, como O Recreio, O Arrebol, A Parasita, O Pândego e o jornal católico Eco Miguelino, e fazia muito sucesso entre os natalenses. Seus primeiros poemas foram impressos em 1861. Contudo, segundo Tarcísio Gurgel, a poesia de Lourival Açucena começou a declinar a partir do século XX. É bem interessante esta afirmação de Gurgel porque para ele todas as letras oriundas do período imperial morrem, deixam de ser interessantes, quando a República é instalada. Como se a República abandonasse os padrões estéticos e artísticos que existiam no Império, porém isso obviamente não é verdade, e a continuidade da importância de Lourival Açucena atesta isto.

Lourival Açucena não chegou a publicar nenhum livro , somente após vinte anos de sua morte em 1907, um de seus 32 filhos, Joaquim Lourival Soares da Câmara, juntamente a Luiz da Câmara Cascudo, organizaram a publicação do livro Versos (em 1927). É esta publicação póstuma que dá-lhe o título de “primeiro bardo potiguar”.

 

A POLÍTICA

I

Você pergunta, Yayá,

Por que deixei a política?
Você quer saber de tudo,

Você é muito analítica.

Pois bem, eu lhe digo:

Ouça o que eu refiro,
Porque nesse jogo

Já fechei o firo…
Mas, olhe, menina,

Que dos meus arcanos
Não quero que saibam

Gregos nem Troianos…
Já ouviu, Yayá?...

 

Ferreira Itajubá

Manuel Virgílio Ferreira, nascido em Natal no ano de 1877 (apesar que existe uma discussão se ele teria nascido em 1875 ou 1876), era conhecido como Ferreira Itajubá. De família protestante, seu pai, Joaquim José Ferreira, morreu de varíola quando o poeta tinha apenas seis anos de idade, deixando a sua mãe, Francisca Ferreira de Oliveira, viúva. Conta Mayara Pinheiro que com a ausência paterna teve que trabalhar desde muito cedo, aos 12 anos era vendedor numa loja na Rua Chile, e quando mudou-se com a família para Macau, em 1893, também tratou de conseguir um emprego. Quando retornou a Natal, recuperou o emprego na Rua Chile, porém recebendo autorização para estudar também. Seu patrão, Antônio Sátiro, apoiava seus estudos, porém com sua morte, as conveniências não tiveram continuidade com os herdeiros. Para poder continuar seus estudos então, abriu um circo no quintal de sua casa, começou a trabalhar como bedel no Ateneu Norte-riograndense, onde estudou, tendo como professores Tertuliano Pinheiro e Joaquim Lourival Soares da Câmara, filho de Lourival Açucena. Também trabalhava pintando letreiros comerciais e foi professor de primeiras letras dos filhos das ricas famílias natalenses.

Ferreira Itajubá

Ferreira Itajubá

Fazia parte da loja maçônica da cidade e era sócio benemérito e orador da Liga Artístico-Operária, a mais antiga sociedade operária norte-riograndense, sendo grande defensor de ideias socialistas. Em seus grandiosos discursos, em que esbanjava seu talento oratório, defendera muitas vezes as ideias dos movimentos operários que estavam chegando ao Brasil.

Como nunca fora de grandes posses, foi excluído pelos intelectuais potiguares. Criticavam-no por seu espírito inquieto, ou por seu comportamento boêmio, ou por sua linguagem menos rebuscada. Era julgado incapaz de ser poeta, e por isso não conseguia espaço para suas letras nos mesmos espaços que se abriam para os outros. Isso não o impediu. Fundou ele mesmo, em 1896, o jornal literário O Echo, de circulação semanal. No ano seguinte, ele fundou a revista A Manhã. Sua poesia abriu o espaço que ele precisava, então conseguiu também escrever em quase todos os jornais do período como A República, Diário de Natal, Gazeta do Comércio, A Capital, O Trabalho, O Arurau, A Tampa, A Rua, A Pax e O Torpedo. Ele não publicou nenhum livro enquanto estava vivo, a primeira reunião de suas poesias é 1914, dois anos depois da morte do poeta. A primeira reunião dos seus poemas é Terra Natal; em 1927, Harmonias do Norte é publicado também. E em 1929 uma edição intitulada Poesias Completas, que unia Terra Natal e Harmonias do Norte.

Sua poesia tem a nostalgia romântica como partida. Ele mesmo se classificava como “pobre cantor das crenças exiladas” e o exílio e seus sofrimentos são extremamente emblemáticas para todo o Romantismo porque com isso se exalta o patriotismo, o amor pela sua “terra natal”. Este livro, inclusive, é uma ode ao Rio Grande do Norte, versa em trinta e quatro cantos a história de amor entre Branca e seu noivo que se vê obrigado a partir para o Norte, em busca da fortuna que a abertura da floresta prometia. Um elemento interessante do livro é que ele se inicia com uma prosa poética que descreve as belezas naturais do Rio Grande do Norte. Nada é mais romântico do que as palavras elogiosas do poeta sobre a terra potiguar.

Terra Mater

Natal é um vale branco entre coqueiros:

Logo que desce a luz das alvoradas,

Vão barra afora as velas das jangadas,

Cessam no rio as trovas dos barqueiros:

E à tarde, quando os rudes jangadeiros,

Voltam da pesca às praias alongadas,

Começa à sombra fresca das latadas

A palestra amorosa dos solteiros.

Quantas belezas mil Natal encerra!

Deu-lhe a natura um mar esmeraldino,

Despiu-lhe o morro, aveludou-lhe a serra...

Terra de minha mãe, bendita sejas,

Orvalhada do pranto cristalino

Da saudade das moças sertanejas!

No Harmonias do Norte, seu amor pela a cidade não morre. Porém, alguns estudiosos de sua poesia já reconhecem traços do simbolismo em poemas como A Jangada.

Para Saber Mais:

Cláudio Galvão. Compositores potiguares.

Segundo Wanderley. A pulga.

Ferreira Itajubá. Terra Natal.

Genilson Farias. Auta de Souza, a poeta de “pele clara, um moreno doce”: memória e cultura da intelectualidade afrodescendente no Rio Grande do Norte.

Maiara Juliana da Silva. “Em cada esquina um poeta, em cada rua um jornal”: a vida intelectual natalense (1889-1930)

Maiara Juliana da Silva. Literatura e Província: o universo literário da cidade do Natal (1861-1889)

Marília de Faria. Visões da cidade de Natal: construção identitária a partir do discurso poético.

Mayara Pinheiro. Literatura Potiguar.

Mayara Pinheiro. Terra Natal, de Ferreira Itajubá, e a permanência do romantismo.

Mayara Pinheiro. Ferreira Itajubá: algumas considerações sobre o autor e a obra.

Rostand Medeiros. Lourival Açucena, o grande artista de Natal.