A Cidade e o fotógrafo: O alvissareiro do tempo
Por Prof. Luciano Capistrano
A Natal de 1908, encontrada pelo fotógrafo Bruno Bougard, tinha pouco mais de 20.000 habitantes, era uma cidade ainda com características coloniais, com suas ruas estreitas, casas conjugadas e erguidas em um enorme areal. Sua situação geográfica dificultava a mobilidade na urbe, o “caminho” do rio e do mar, eram talvez as melhores opções para os viajantes que aqui aportavam. Do alto, então, o “alvissareiro”, testemunha ocular da abertura de ruas, do nascimento de bairros e da construção de pontes, da Natal de mar, rios e dunas. Esta era a cidade vista do alto da torre da igreja matriz, local onde o observador do tempo, pode presenciar as intervenções urbanas, como fez Bougard, através de sua lente, na primeira década do século XX.
Das ruas às redes: Quinta da história
(Foto: Vista Parcial da Cidade Alta - Década de 1910 - Bruno Bourgard Acervo IHGRN)