Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação (1599)
Por Prof. Dr. Lenin Campos Soares e Prof. Bel. Alexandre Jardim Rocha
As missas são realizadas de segunda a sábado, às 17h30min.
No domingo, há missas às 6h, 9h e 17h30min.
Esta igreja católica é dedicada à padroeira da capital potiguar, Nossa Senhora da Apresentação, e é a primeira igreja do Rio Grande do Norte, apesar de não ser a primeira capela, já que temos a capela dos Reis Magos na Fortaleza. Originalmente foi uma capela de barro e palha, e não possuía portas até 1614. Sua construção se deu com a fundação da cidade. Não temos a data de fundação da freguesia, sabemos, no entanto, o nome do primeiro vigário, Gaspar Gonçalves da Rocha, que a recebia em 1601. Foi finalizada somente em 1619. Quando os holandeses invadiram, eles a tornaram um templo luterano com o pastor Johanna e quando abandonaram a capital, em 1654, destruíram a igreja. Depois do retorno português, ela foi recuperada dos estragos pelos colonos, mas ninguém queria ser pároco de um lugarejo com vinte e cinco moradores brancos, cercados pela ferocidade dos brasis, os padres Leonardo Tavares de Melo e Paulo da Costa Barros foram os únicos que se ofereceram.
Tavares de Lira comenta sobre a reforma de ampliação: em 1694, a capela se torna igreja, até ao rei de portugal se pediu esmolas para levantar as paredes de pedra; em 1786 uma remodelação geral, já que ela ruíra, recebendo seu batistério e são construídas das capelas laterais para as irmandades de Bom Jesus dos Passos e do Santíssimo Sacramento. Em 1856, os mortos são proibidos de serem enterrados em seus corredores, e no mesmo ano sua torre ganha um relógio; Somente em 1862 sua atual edificação foi completada com a construção da torre do sino. Em 1871, ela ganha seu assoalho de madeira, aproveitando o tabuado de um naufrágio. Mas as modificações mais importantes foram feitas sob o comando do padre João Maria, que foi pároco da igreja entre 1881 e 1905. São desse período as arcadas, tribunas, púlpito, coro e ladrilhos.
Em 1994 um processo de restauração coordenado pelo Monsenhor Ângelo Dantas Barreto e pelo arqueólogo Paulo Tadeu Souza de Albuquerque foram executados. Elementos acrescentados ao prédio no século XIX foram removidos e se preferiu manter a em evidência os diversos planos e construções pelo qual a igreja passou, sem preferir nenhum momento histórico específico. Segundo o historiador Itamar de Souza:
"Toda a restauração (...) custou R$ 345 mil reais. Com exceção de 10 mil reais doados pela Prefeitura Municipal de Natal, de 20 mil doados indiretamente pelo Governo do Estado e 10 mil reais concedidos pelo Unibanco, todo o restante dos recursos foi arrecadado entre os fiéis paroquianos (...)"